Vinhos
TINTOS
Originária de Bordeaux, a Cabernet Sauvignon é uma das castas de maior sucesso na produção do vinho tinto. A uva é resultado do cruzamento natural entre as variedades Cabernet Franc (tinta) e Sauvignon (branca), também naturais da principal região produtora de vinhos do mundo.
Híbrido resultante do cruzamento entre as variedades Seibel 11342 e Syrah, originalmente identificado como IAC 138-22. Foi obtido por Santos Neto, em 1946, no IAC - Instituto Agronômico de Campinas. É considerada a melhor variedade entre todas as lançadas pelo IAC, destinadas à elaboração de vinhos tintos de mesa.
Tannat é uma uva tinta da família da Vitis vinifera originária do sul da França.A tannat dá origem a vinhos de muito caráter, bastante corpo e estrutura, muito tanino, com grande intensidade de cor, aromas deliciosos de frutas escuras e chocolate, com ótima concentração.
Originária da região de bordeaux, a Merlot é descendente da Cabernet Franc e meia irmã da Carmenère e da Cabernet Sauvignon. Essa extrema semelhança com a Carmenère foi responsável pela confusão entorno dos vinhedos chilenos nos anos 1980. A Merlot é uma uva misteriosa, os primeiros registros oficiais são muito recentes, apenas de 1784 em Bordeaux (Cotes de Libournais). Na Itália (Vêneto) ela é mencionada apenas em 1855 com o nome de "Bordò". Segundo alguns estudiosos, seu nome "Merlot" ou "Merlau" provem de uma pássaro chamado "Merle" que costumava se deliciar com seus doces cachos.
É uma cultivar selecionada em Ohio, Estados Unidos, por Henry Ives, a partir de sementeira estabelecida em 1840. Tem importância comercial só no Brasil, onde foi introduzida em1904, procedente de Portugal. Foi inicialmente difundida no Rio Grande do Sul, depois em Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. É uma cultivar muito rústica e resistente a doenças fúngicas, normalmente plantada de é-franco. A uva apresenta alta concentração de matéria corante, motivo principal de sua significativa difusão. Origina vinho e suco intensamente coloridos que, em cortes, servem para a melhoria da cor dos produtos à base de `Isabel` e de `Concord`. Participa, embora em pequena escala, do mercado de uvas in natura, sendo utilizada como uva de mesa e também para a elaboração de suco de uva caseiro.
BRANCOS
Sob esta denominação, há uma série muito grande de variedades. A maior delas tem sua origem provavelmente no Oriente Médio. O Moscato Branco tem cachos e bagas grandes. Pode dar origem a vinhos secos ou licorosos, com grande tipicidade devida ao caráter varietal de moscato. O Moscato, produzido no Vale do São Francisco, possui cacho pequeno e bagas médias ou pequenas e destina-se especialmente à produção de espumante moscatel e vinho licoroso. Isso deve ao seu potencial de açúcar, sabor intenso e delicado de moscato. Principais descritores aromáticos: flores brancas e forte característica do sabor moscato.
ROSÊ
É uma mutação somática da `Niágara Branca`, detectada em parreiral do Sr. Antônio Carbonari, em 1933, no município de Louveira, São Paulo. Distingue-se da forma original, branca, pela intensa cor rosada das bagas. Difundiu-se rapidamente, substituindo a `Niagara Branca` como uva de mesa, em virtude de o consumidor brasileiro preferir uvas rosadas para consumo in natura. É a principal uva de mesa cultivada no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no sudeste de São Paulo. Nos últimos anos, vem sendo plantada nas regiões tropicais do Brasil, especialmente no noroeste de São Paulo, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul e no norte de Minas Gerais. Como resultado, já começa a aparecer no mercado em períodos de entressafra das regiões tradicionais, com perspectivas de grande expansão nos próximos anos. Além dos plantios comerciais, a `Niagara Rosada` apresenta ampla difusão em pequenos parreirais para consumo doméstico, devido a sua produtividade e rusticidade.